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Nosso projeto

"A Construção da Identidade Cultural a partir de Múltiplas Linguagens"

 

JUSTIFICATIVA:

 

      Apresentamos um projeto com dimensão social, pedagógica, cultural e política destinado aos alunos, professores, funcionários da Escola Municipal Brigadeiro Henrique Raymundo Dyott Fontenelle e à população do bairro do Jaraguá e adjacências.
    Este projeto refere-se à complexidade das relações humanas: múltiplas, dinâmicas e marcadas fortemente pela diversidade, sejam de etnia, religião, de gênero, classe, entre outros sinais.
    Trabalhar todos estes aspectos sem ranços autoritários e/ou padronizações monolíticas é o desafio que se coloca. Para tanto, faz-se necessário superar estereótipos, preconceitos, muitas vezes gestados no próprio trabalho, partindo do senso-comum, para problematizá-los, buscando, dessa forma, outras vias de compreensão dos fenômenos culturais.
    Por essas razões, é preciso reconhecer e entender as diferenças construídas socialmente e usar esse conhecimento como possibilidade de troca e interação entre pessoas num constante processo de aprendizado e reciprocidade.
    A riqueza do trabalho social, pedagógico e cultural consiste nessa dinâmica de relações humanas, só assim se promove o conhecimento, estabelece-se mudanças substanciais e tornam-se eficazes nossas práticas.
    Este Projeto está sendo construído com base na nossa capacidade de nos indignarmos com uma sociedade marcada pela injustiça social, desigualdade historicamente construída.
    Nesse sentido, o homem, sendo sujeito de sua história deve ser também capaz de transformá-la, e nós, educadores, por termos essa consciência vivemos permanentemente a angústia - e a beleza - de tentar mudar essa realidade.
    Apesar das dificuldades vividas, o desejo da transformação nunca foi abdicado, esses anseios sempre pautaram a elaboração dos princípios para construção do nosso Projeto Pedagógico que estamos anualmente sistematizando.
    Nossa proposta sempre esteve centrada nos princípios da melhoria da qualidade de ensino na Escola pública. O Fontenelle, nesse sentido, busca construir espaços de questionamentos e reflexões, pois nunca nos furtamos em sonhar com uma sociedade mais digna e justa e, ao longo destes anos, nos dispomos, cotidianamente, a dar nossa parcela de contribuição para construí-la. Assim sendo, sempre defendemos um trabalho comprometido com a valorização da democracia, da cidadania, do humanismo, da solidariedade, da criatividade, da expressão nas diferentes linguagens e no trabalho de construção do conhecimento (conceitos, habilidades, competências, posturas) nas diferentes áreas do conhecimento.

 

CONCEPÇÕES: MUNDO - HOMEM – EDUCAÇÃO

 

    No geral projetos quando são pensados para o aluno e a população pobre da periferia, partem de pressupostos preconceituosos ("não possuem cultura, são completamente ignorantes...”); na realidade partem de “pré-conceitos" estigmatizados, e nós, ao contrário, partimos da crença no HOMEM UNIVERSAL, na qual qualquer ser humano pode ser educado em qualquer cultura se for colocado em situação de aprendizado. Isto significa que acreditamos que a pobreza é fruto da injustiça e está aquém da dignidade humana.
    Portanto, escancarar essa condição e lidar com ela, abre canais de desenvolvimento do educando, de seu potencial criativo e de aprendizado. É necessário que o estudante entre em contato consigo mesmo, tomando consciência de si e resgatando sua auto-estima.
    Enxergar-se com dignidade é crucial para que a partir daí, ele construa e aprimore qualidades e virtudes que o impulsionem a transformar beneficamente as adversidades. Esse é o sentido primeiro da palavra EDUCAÇÃO.
    Essas nossas concepções foram paulatinamente se confirmando ao longo da (nossa) jornada de trabalho e de nossas reflexões cotidianas.

 

PRINCÍPIOS EDUCACIONAIS E POLÍTICOS:

 

-    Escola com qualidade;
-    Busca de qualidade de vida;
-    Inclusão social, cultural, política, econômica;
-    Democracia;
-    Respeito às diversidades;
-    Conscientização Ambiental (Saber/Fazer);
-    Solidariedade;
-    Ética;
-    Conscientização Corporal (Saber/Fazer).

 

OBSERVAÇÃO: A lei 7.853/89 dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da "Pessoa Portadora de Deficiência". Após sua regulamentação, através do Decreto 3.298, de 20 de setembro de 1999, ficou estabelecida no Art. 2°, Inciso l, as medidas a serem tomadas na área da educação: a) a inclusão, no sistema educacional, da Educação Especial como modalidade educativa que abranja a educação precoce, a pré-escolar, as de 1° e 2° graus, a supletiva, a habilitação e a reabilitação profissionais, com currículos, etapas e exigências de diplomação próprios, b) a inserção, no referido sistema educacional, das escolas especiais, privadas e públicas; c) a oferta, obrigatória e gratuita, da Educação Especial em estabelecimentos públicos de ensino; d) o oferecimento obrigatório de programas de Educação Especial em nível pré-escolar e escolar, em unidades hospitalares e congêneres nas quais estejam internados, por prazo igual ou superior a 1 (um) ano, educandos portadores de deficiência; e) o acesso de alunos portadores de deficiência aos benefícios conferidos aos demais educandos, inclusive material escolar, merenda escolar e bolsas de estudo: f) a matrícula compulsória em cursos regulares de estabelecimentos públicos e particulares de pessoas portadores de deficiência capazes de se integrarem no sistema regular de ensino.
    Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional está presente também uma política de integração das pessoas que apresentam necessidades especiais na escola (classes comuns) e na vida em sociedade (via trabalho). O Art. 59, do Cap. V - Lei 9394/96, determina que os sistemas de ensino devem assegurar aos educandos com necessidades especiais: 1) condições pedagógicas para atender às suas necessidades ("currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos"): 2) terminalidade específica ("para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências") e aceleração ("para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados"); 3) professores com especialização adequada (nível médio ou superior) para atendimento especializado e "professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns"; 4) ''educação especial para o trabalho, visando sua efetiva integração na vida em sociedade"; 5) "acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular". Isso posto, constata-se que a maioria das escolas públicas dificilmente terá condições plenas de receber de forma adequada o aluno portador de necessidades especiais. No entanto a leitura do Art. 59 do Cap. V em seu item 1 assegura uma organização específica (da sala de aula) para trabalho com PNE. Interpretamos essa organização específica como sendo a possibilidade de classes com um número menor de crianças. Número esse a ser definido em comum acordo entre a escola e a Supervisão Escolar.

 

METAS:

 

- Valorização da democracia, do humanismo, da criatividade, da expressão nas diferentes linguagens e no trabalho de construção do conhecimento (conceitos, habilidades, posturas, competências) nas diferentes áreas do conhecimento;
- Que todos possam vivenciar um ambiente de aprendizagem significativa, onde desenvolvam os diferentes sentidos, ou seja, que possam conhecer-se, centrar-se e ter um olhar para o outro que rompa com os preconceitos, estigmas, violência que tanto interferem no processo ensino aprendizagem;
- Que todos possam ter contato com as diferentes linguagens artísticas, rompendo o estigma de que a arte é destinada apenas a uma classe social;
- Despertar e valorizar o interesse pelas diferentes culturas;
- Acesso para apreciar, contextualizar e produzir arte;
- Valorização e compreensão da estética e suas implicações éticas;
- Ter um olhar para os alunos com dificuldades de aprendizagem, buscando, propondo e realizando ações pedagógicas para o desenvolvimento satisfatório da aprendizagem;
- Contribuir para a formação da identidade dos alunos como cidadãos conscientes e responsáveis, capazes de atitudes de proteção e melhorias em relação ao meio ambiente, aptos a decidir e atuar na realidade sócio-ambiental de um modo comprometido com a vida, com o bem-estar de cada um e da sociedade, local e global;
- Oferecer ao educando a oportunidade de vivenciar várias formas de organização, criação de normas para realização das atividades e a descoberta de formas cooperativas e participativas de ação, possibilitando a transformação do aluno e do seu meio, de forma a internalizar os elementos da cultura corporal e motora, que são relevantes para seu grupo social, como também as normas de convívio presentes nos diferentes grupos sociais dos quais participa;
- Criar espaços de reflexão para a formação de educadores dialógicos, coerentes e comprometidos com os princípios elencados neste projeto;
- Ampliação e reforma da escola (construção de laboratório de ciências, cobertura da quadra e reforma do piso, acessibilidade para PNE, construção e revitalização de jardins, espaços para música, dança, artes plásticas e anfiteatro, construção de parquinho, construção de espaços para leitura e convivência, continuidade do projeto de ambientação das salas de aula para séries iniciais do Ciclo I).
- Construção de uma página ou blog na internet para socialização/divulgação dos projetos da escola.
- Retornar os trabalhos da rádio Fonte/Educom, buscando concessão de rádio comunitária.
- Discussão sobre a produção de um jornal da escola.
- Discussão sobre a construção do projeto sexualidade.
- Durante os horários de formação dos professores trabalharemos o corpo (aulas de yoga), assessoria em Artes Plásticas com Cláudio Cretti, coral, além dos estudos teóricos de PEA com os CP’s.
- Continuidade das Oficinas para alunos e comunidade, inclusive no CEU Pêra Marmelo.
- Continuidade do Reforço Escolar.

 

PROCEDIMENTOS

Gestão Democrática da escola;
Continuidade da Arte-Educação no Ensino Fundamental;
Montagem de oficinas ( percussão, artes circenses, corpo, núcleo  de teatro, etc.), abertas a toda comunidade escolar;
Trabalho com as áreas do conhecimento contemplando a formação plena dos alunos através de atividades diversificadas:
desenvolvimento da leitura, da escrita e das diversas linguagens utilizadas pelo homem;
cálculos e resolução de problemas;
análise, interpretação e síntese de dados, fatos e situações; »   compreensão do seu meio social, e atuação sobre ele
localização, acesso e uso criativo da informação acumulada; Planejamento, trabalho e decisão em grupo .
Ambientar as salas para melhor atender os alunos no desenvolvimento de suas potencialidades;
Acompanhamento sistemático dos alunos (ampliação de horários de estudo na escola),
Ser um usuário da Sala de Leitura; participar dos projetos com os orientadores para a integração do trabalho e enriquecimento cultural de todos;
Utilizar com criatividade e criticidade o Laboratório de Informática num trabalho conjunto com as diversas áreas de conhecimento.
Investir na formação permanente (científica, sociológica, econômica, política, artística...)dos educadores;
Trabalho  contínuo  e  sistemático  para  a  formação  e  atualização  pedagógica  dos  profissionais da Escola;

OBJETIVOS PEDAGÓGICOS

Compreender a cidadania como participação social e política, assim como exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia-a-dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito;
Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões coletivas;
Conhecer características fundamentais do Brasil nas dimensões sociais, materiais e culturais como meio para construir progressivamente a noção de identidade nacional e pessoal e o sentimento de pertinência ao país, para modificar essa realidade (milhões de brasileiros abaixo da linha de pobreza);
Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro, bem corno aspectos socioculturais de outros povos e nações, posicionando-se contra qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de classe social, de crenças, de gênero, de etnia ou outras características individuais e sociais;
Perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente, identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente para a melhoria do meio ambiente;
Desenvolver o conhecimento de si mesmo e o sentimento de confiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de inter-relação pessoal e de inserção social;
Conhecer o próprio corpo e dele cuidar, valorizando e adotando hábitos saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida;
Utilizar as diferentes linguagens - verbais, musical, matemática, gráfica, plástica e corporal - como meio para produzir, expressar e comunicar suas ideias, interpretar e usufruir as produções culturais, em contextos públicos e privados, atendendo a diferentes intenções e situações de comunicação, rompendo assim com o monopólio da informação e da cultura;
Saber utilizar e selecionar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos, ler o que está "por trás das notícias da mídia" (manutenção do status quo): utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade e a capacidade de análise crítica;
Superar o dogmatismo, num exercício profundo e árduo de problematização da realidade para, atingindo um estado de consciência crítica, ser capaz de agir no sentido de buscar o término do flagelo da desigualdade social.

PLANO DE COMPENSAÇÃO DE AUSÊNCIAS
Objetivos:

Situar o educando nos propósitos de trabalho desenvolvidos em sala de aula durante sua ausência;
Propiciar situações especiais de aprendizagem que possibilite ao educando reconhecer os conteúdos de trabalho que foram desenvolvidos no período de sua ausência.

Observação: É sabido que essa prática escolar - de compensação de ausências -apresenta sérias restrições para um adequado aprendizado do educando (por não contarem, normalmente, com as explicações e orientações que ocorrem em sala de aula; por não poderem, os educandos, esclarecer dúvidas ou dirimir dificuldades comuns), comumente os alunos acabam por realizar mecanicamente, para cumprir burocraticamente, [para a eliminação das faltas] as atividades solicitadas. Por essa razão a apropriação qualitativa dos conteúdos solicitados fica, via de regra, desprovida de sentido. Por esses motivos, admitimos os limites desta ação na estrutura escolar. Não podemos nos comprometer com um processo apropriado de compreensão dos conteúdos que sabemos, por antecipação, destinado ao malogro, já que o processo de ensino escolar deve prever impreterivelmente a presença de dois sujeitos fundamentais: professores e alunos.

PROCESSO DE COMPENSAÇÃO DE AUSÊNCIA

Quanto ao seu cumprimento:

Ao professor caberá informar bimestralmente ou semestralmente o número de faltas de cada aluno;
Os alunos que ultrapassarem 50% de faltas por componente deverão realizar a compensação de ausências.

Quanto à condução das atividades:

As atividades serão acompanhadas de orientações básicas que auxiliem o aluno na realização das mesmas. Sugestões de Atividades:
Pesquisas;
Leituras acompanhadas de fichamentos, resumos, posicionamentos;
Consultas a fontes de informações acompanhadas de propostas de comparação, análise, produções textuais, outros,
Resolução de situações problema.

 AVALIAÇÃO:

    A avaliação é o motor do processo ensino-aprendizagem. Por essa razão, a avaliação guarda estreita relação com os princípios psicopedagógicos e sociais, com a concepção de educação, de aprendizagem e de método que os educadores adotam. A avaliação é processo possibilitador para verificação de aprendizagem e construção de subjetividades, identidades. Consideramos, por coerência com nossas concepções sociais educacionais, expostas nesse projeto, uma concepção de avaliação que tenha como referência o sócio-construtivismo/interacionista. Portanto, que a avaliação seja diagnóstica, mediadora e dialógica. Dessa forma, o professor poderá perceber os níveis de aprendizagem atingidos pelos alunos e decidir o que precisa ser feito para se chegar a uma qualidade ideal mínima necessária; decidir sobre alterações de suas próprias didáticas, novos enfoques/recortes de conteúdos, mediação e tratamento especial para alguns alunos que também poderão ser orientados a novos tipos de procedimentos, ações e atitudes. Esse procedimento será entendido como recuperação contínua.

Princípios Norteadores:

Aprendizagem
Participação
Criatividade
Organização
Solidariedade
Democracia
Ética
Autonomia

Instrumentos

Provas escritas
Pesquisa
Desenhos
Músicas
Oficinas / Seminários
Debates
Produções de diferentes tipos de textos
Teatro / dramatização
Participação
Trabalhos / Atividades em grupos ou duplas
Outros

Depoimentos

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Luíza Vasconcelos

Eventos e Workshops

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3 a 5 anos

 

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